Não seria aqui meu interesse falar sobre a vida ou a personalidade de mulheres que chegaram aos trinta anos e estão deslumbrantes, charmosas, seguras, etc. Acontece que finalmente constatei o quanto eu não tinha sabedoria antes de ser uma balzaquiana.
Sagitariana, livre e impulsiva, sempre fui movida por momentos, e passei a maior parte da minha vida me jogando de cabeça em tudo quanto foi oportunidade (muitas vezes duvidosas e assustadoramente periogosas), valendo-me de muita coragem e a perspectiva de uma eternidade de vida pela frente. A doce ilusão acabou quando me vi aqui, parada no tempo, percebendo que minhas experiências não me trazem dinheiro, nem glamour e tampouco orgulho. Na verdade, a gente diz que não se arrepende de nada do que fez, pra não ter que assinar mesmo o atestado de incompetência.
Então, posso afirmar com propriedade que comecei a ser gente agora...